domingo, 4 de novembro de 2007

A-dos-Negros, 20-VII-2005 - 91º Aniversário



Fotos: Joaquim António Silva [Quitó], fotógrafo, músico e designer gráfico.
Sessão de fotografias em casa dos amigos Quitó, Idalina e Ana Margarida, em A-dos-Negros,
no dia do 91º aniversário de Vieira de Sá, depois de um almoço em Caldas da Rainha.
Selecção de uma foto para o livro Ecos do México - Da História e da Memória.
Na última foto o registo de uma chamada de parabéns!

Miguel Urbano Rodrigues

«Ecos do México foi uma surpresa.
Esperava um livro diferente pelas referências ao tema em cartas enviadas por Fernando Vieira de Sá para Havana onde então eu residia.
E diferente porquê?
Sempre que, a partir de Cuba, eu visitava o México e escrevia sobre a história e a cultura daquele país, ele evocava em comentários impregnados de emoção momentos ali vividos. As suas cartas, extensas, tinham a estrutura de breves ensaios. Nelas o amor pelo México enquadrava um interesse incomum pela história social e uma reflexão aberta a múltiplos azimutes sobre o passado e o presente do povo de Juárez.
Mais tarde, numa das nossas longas conversas, sugeri-lhe que reunisse em livro textos e apontamentos que, condensando vivências, permitissem ao leitor português formar uma ideia da riqueza da sua experiência no México, ou, para ser mais preciso, do redescobrimento permanente da vida proporcionado pela grande aventura existencial que foram os cinco anos decisivos que ali passou ao serviço da FAO.
Em Ecos do México Vieira de Sá foi mais longe. A Obra não cabe no género memorialístico. Ele não se limitou a condensar recordações, integrando-as na sua mundividência. Sentiu a necessidade de escrever um livro em que o cenário humano do México que conheceu, há quase meio século, é iluminado por uma introdução sobre a sociedade pré-colombiana destruída pelos espanhóis e alguns capítulos dedicados à história posterior à Independência e à Revolução Maderista e aos seus desdobramentos.
O convite para alinhavar este Prefácio nasceu da paixão comum pelo México.
A atracção exercida por esse país vem da adolescência, quando me caiu nas mãos um livro sobre o cerco e a destruição de Tenochtitlán, a legendária capital asteca. O relato da defesa da cidade e do genocídio do seu povo marcaram a tal ponto a minha juventude que Cuauhtémoc, o tlatoani tenochca, o último imperador, mais tarde assassinado por ordem de Cortés, passou a ocupar um lugar cimeiro no panteão dos meus heróis favoritos.
O ajustamento do real imaginado ao real concreto somente se concretizou muitos anos depois. O encontro foi um acto de amor. Nove visitas ao México tornaram mais denso e complexo o fascínio.
Cada vez que ali volto caminho durante horas pelas salas do Museu de Antropologia cuja atmosfera encantatória me projecta no coração da história profunda das grandes civilizações da Meso América. Revisitar, ao lado da Catedral, as ruínas do Grande Templo de Tenochtitlán e perder-me na multidão que circula pela imensidão do Zocalo - a mais grandiosa Praça do Continente Americano - é outra peregrinação de ateu.
Faz poucos meses, em breve passagem pelo país, voltei a outro lugar mágico: a Teotiuhacan das pirâmides do Sol e da Lua, a Cidade dos Deuses que já era um lugar despovoado quando os astecas por ali passaram no século XIV rumo à laguna onde fundariam Tenochtitlán.
Em raros países sobe em mim como no México, em cada regresso, um impulso tão forte de acrescentar algo ao que já escrevi sobre temas que desencadearam essa necessidade de transmitir ideias e sensações que faz do escritor um escravo da palavra. Acontece e é incontrolável.
Sei que Vieira de Sá me entende. Compartilhamos a síndrome mexicana, um mal benigno, indefinível.
O leitor vai identificá-lo nos capítulos em que, evocando pessoas e momentos, tenta e consegue demonstrar que uma história trágica, moldada por uma cadeia ininterrupta de desastres, é paralelamente uma sementeira contínua de epopeias, de heróis, de talentos, de actos criadores de beleza, de rupturas revolucionárias que respondem a aspirações eternas da condição humana.
No país dos extremos - Vieira de Sá retoma a expressão - surgiu ao longo dos séculos aquela que é como totalidade, a mais bela e profunda cultura das Américas. Uma terra na qual fusões dolorosas e inacabadas, inseparáveis do genocídio, geraram um povo mestiço que não é ainda uma nação harmoniosa, mas que desponta como imagem da humanidade futura.
As mais belas páginas de Ecos do México são por isso, na minha perspectiva, precisamente aquelas em que Fernando Vieira de Sá - com o conhecimento acumulado de intelectual trota mundos e a sensibilidade do revolucionário que se mantém fiel ao seu ideário de combatente comunista - esboça um grande painel do México contraditório - uma terra prodigiosa à qual os EUA roubaram pelas armas mais de metade do seu território, um país quase inimaginável onde nasceram, lutaram ou criaram arte eterna, para bem da humanidade, seres como Chuauhtémoc, Hidalgo, Morelos, Juárez, Zapata, Pancho Villa, Lázaro Cárdenas, Juan Rulfo, Diego Rivera, Orozco e Siqueiros.
É comovedor que aos 90 anos Fernando Vieira de Sá tenha escrito um livro como Ecos do México, que, entre muitos outros, tem o mérito, raro, de obrigar o leitor a meditar sobre a grande aventura da vida.

Miguel Urbano Rodrigues
Serpa, Abril de 2005»


Miguel Urbano Rodrigues, Prefácio do livro Ecos do México - Da História e da Memória, Colecção «Percursos da Memória - 3», pp. 9-11.

Urbano Tavares Rodrigues

«Peripécias e Reflexões de um Trota-Mundos

Fernando Vieira de Sá, cientista, homem de cultura, médico veterinário especialista em produção e abastecimento de leite a centros urbanos, consultor da FAO durante muitos anos, em que percorreu o mundo e se relacionou com pessoas e terras, com o seu saber e a sua afabilidade, é também uma personalidade ética, respeitada por amigos e adversários.
A sua já longa vida ao serviço de causas democráticas e da revolução social, pô-lo à prova inúmeras vezes, dando-lhe ocasião de revelar lucidez, coragem e total dedicação aos seus ideais.
Tudo isso podemos observar ou deduzir deste seu atraente livro de memórias e também de afectos, que no-lo mostra em situações bem diversas, sempre sereno, espirituoso e aberto à compreensão do mundo. A sua concepção marxista da história e do futuro está bem presente no modo como vê e interpreta os factos, desde aqueles em que visivelmente o futuro se constrói até ao anedótico e ao burlesco.
É um racionalista com humor, claro e elegante na escrita, apaixonado pelas antigas civilizações, como se nota nas suas memórias e reflexões sobre povos e culturas, sempre convicto da necessidade do progresso e da importância da vontade na construção da cidade colectiva.
Um certo sentido do romanesco e da aventura, temperado pela ironia, dá algum sal e colorido a peripécias como as que o autor compendiou na parte do livro intitulada "A Viagem dos Incómodos e das Surpresas". Recordações avulsas, cenas pícaras, conclusões com certa filosofia empírica abundam nos relatos que se estendem do convite para visitar Nápoles à prova dos nove que se faz em Quito.
As páginas sobre a Tailândia são saborosas, cheias de inesperado e pitoresco e dessa humanidade profunda que Fernando Vieira de Sá projecta na transcrição de todas as suas experiências. Há também textos de particular comicidade como "Um corte de cabelo que acaba à bofetada". E não faltam informações preciosas sobre a realidade que nos são dadas constantemente em apontamentos sobre, por exemplo, as matérias-primas, as marcas do subdesenvolvimento e o avanço da industrialização. Temos assim neste livro múltiplas perspectivas, que vão do esquisso jornalístico à impressão pessoal.
E o volume espraia-se por terras e mares, do Indo-Cuch afegão ao Equador, onde Vieira de Sá, explorando o outrora império dos Incas, nos fala do clima, das gentes e costumes, da sua subida ao alto da Cordilheira, das vivências do andarilho.
No Brasil, em "Missão humanitária à americana", pinta o Rio de Janeiro, alude a uma evocação de Vieira da Silva, brinca com o inesperado, graceja com os frutos do acaso, surpreende-nos em "Levanta-se o véu" e "A imoralidade da história".
Depois vêm o Paraguai, Moçambique, a Líbia, onde há uma praga de gafanhotos e pedras que tombam do céu; e vemos Bombaim, na Índia, e o Bengladesh, que o narrador, com ironia dramática, chama "O paraíso da fome" e por fim o "Sonho de uma noite de Verão em Times Square".
É um livro muito variado, que instrui e diverte e nos aproxima mais ainda deste homem de esquerda generoso e íntegro que, após uma vida tão rica em andanças e batalhas, que as teve de sobra, ainda sabe rir e comover-se como um jovem e dar-nos, numa prosa desenvolta, muito dos tesouros que amealhou no seu deambular pela vida e pelo mundo.

Urbano Tavares Rodrigues»


Urbano Tavares Rodrigues, Prefácio do livro Viagem ao Correr da Pena - Colecção «Percursos da Memória - 2», pp.11-12

Manuel Machado Sá Marques

«Meu bom Amigo:

Não podia perder esta oportunidade de exprimir a minha opinião sobre o seu novo livro Cartas na Mesa!
Já o tinha felicitado quando me deu a ler o manuscrito, e lembra-se como tanto insisti para que ele fosse editado?
Estas poucas páginas são assim mais uma carta para a mesa!
Como refere, estas suas «Memórias» foram despertadas pela leitura da correspondência trocada com o Professor Bento de jesus Caraça e a recordação da relação então estabelecida. Correspondem à altura da minha juventude, quando comprava os «livrinhos» da Cosmos, que tão importantes forma na minha formação. Também foi no tempo em que li pela primeira vez os seus livros sobre leite. Mas quando, no final da década de cinquenta, centrei a minha vida profissional no apoio ao doente diabético e à luta contra as chamadas «doenças da nutrição», foi imperioso o estudo de toda a sua obra, considerada pelo meu Mestre exemplar e indispensável. Mas não o conhecia «de corpo e alma». Só após o 25 de Abril, no convívio com amigos comuns, reunidos por laços afectivos e por pensamento político-social afim, passei a contar com a sua amizade, a saber quem era o Vieira de Sá e a apontar a sua vida coerente e exemplar. Juntei a sua pessoa à de meu Pai (o Professor Alberto Sá Marques), á de meu Avô (o Presidente Bernardino Machado) e à de meu Mestre (o Doutor Ernesto Roma). Os seus ensinamentos tinham toda a carga da verdadeira pedagogia - a força do exemplo.
"É indispensável ligar o passado ao futuro. As novas conquistas do pensamento não se opõem às antigas, acrescentam-nas". Este seu livro tem uma actualidade dialéctica e espero que seja lido como um compêndio de civismo, pois o seu conteúdo é revolucionário e humanista. Aprendemos como e porque surgem as dificuldades a quem deseja uma racionalização da produção e distribuição em toda a actividade do homem. Lê-se com optimismo porque aposta nas nossas verdadeiras qualidades, nas virtudes do povo português. As cartas na mesa são do jogo de sempre. O que acontece é os baralhos terem diferentes desenhos dos reis, dos valetes, das damas, das espadas, e tantas vezes cartas viciadas... O jogo continua a ser o mesmo, a luta do homem pela sua libertação, contra a opressão e exploração pelo seu semelhante. Com cerca de noventa anos ainda é um jovem que fala em "tornar possível o impossível". E consegue-o!
Lembra nas suas memórias a figura de Bernardino Machado, e sabe a veneração que tenho por meu Avô! É um "grande vulto da República" que ainda hoje afronta muita gente reaccionária ou ignorante! Conheceu-o pessoalmente em Mantelães, logo após o seu regresso do exílio, tinha então oitenta e nove anos. Também tive a sorte de poder conviver com meu Avô em Mantelães e depois na Senhora da Hora, durante as férias grandes dos anos de 1940 a 1943.
Sabe que não fiquei a conhecer o Minho de forma a poder descrevê-lo como o Vieira de Sá consegue fazer em tão poucas palavras, nem fui calcorrear alguns dos lugares históricos do Porto, que meu Avô aconselhava a visitar? Ficava antes preso a ouvi-lo, não querendo perder as suas constantes e pedagógicas lições, com discussões acesas e vivas, como ele tanto gostava. Era bem como o descreve, uma pessoa atraente e inesquecível. sabe, Vieira de Sá, também quando vou a sua casa por uns minutos, acabo por ficar horas!
Na introdução ao livro Os Derivados do Leite na Alimentação e na Indústria, José Maria Rosell escreveu que o Vieira de Sá "conseguiu realizar uma obra que constitui uma utilíssima contribuição para o reconhecimento público do valor da produção e consumo dos lacticínios, na saúde e na economia dos povos". Mas a sua vida, o seu pensamento e a sua acção, ultrapassam o campo da actividade profissional, como se prova com a leitura deste livro. Esta verdade ficará ainda mais marcada quando possuirmos os outros dois volumes de memórias que felizmente virão a lume dentro em breve.

Meu caro e bom Vieira de Sá, aceite um apertado e cordial abraço deste seu

Manuel Machado Sá Marques
Lisboa, 10 de Dezembro de 2003»

Manuel Machado Sá Marques, Prefácio do livro Cartas na Mesa - Recordando Bento de Jesus Caraça e a «Biblioteca Cosmos», Colecção «Percursos da Memória - 1», pp. 9-11.

Percursos da Memória - 3

«Ecos do México foi uma surpresa.
Esperava um livro diferente pelas referências ao tema em cartas enviadas por Fernando Vieira de Sá para Havana onde então eu residia.
[...]
A obra não cabe no género memorialístico. Ele não se limitou a condensar recordações, integrando-as na sua mundividência. Sentiu a necessidade de escrever um livro em que o cenário humano do México que conheceu, há quase meio século, é iluminado por uma introdução sobre a sociedade pré-colombiana destruída pelos espanhóis e alguns capítulos dedicados à história posterior à Independência e à Revolução Maderista e aos seus desdobramentos».

Miguel Urbano Rodrigues, in contracapa de Ecos do México - Da História e da Memória

Percursos da Memória - 2

«Fernando Vieira de Sá, cientista, homem de cultura, médico veterinário especialista em produção e abastecimento de leite a centros urbanos, consultor técnico da FAO durante muitos anos, em que percorreu o mundo e se relacionou com pessoas e terras, com o seu saber e a sua afabilidade, é também uma personalidade ética, respeitada por amigos e adversários.
A sua já longa vida ao serviço de causas democráticas e da revolução social, pô-lo à prova inúmeras vezes, dando-lhe ocasião de revelar lucidez, coragem e total dedicação aos seus ideais.
Tudo isso podemos observar ou deduzir deste seu atraente livro de memórias e também de afectos, que no-lo mostra em situações bem diversas, sempre sereno, espirituoso e aberto à compreensão do mundo».


Urbano Tavares Rodrigues, in contracapa de Viagem ao Correr da Pena

Percursos da Memória - 1

«O primeiro objectivo desta obra foi publicar a correspondência que o autor dirigiu a Bento de Jesus Caraça, propondo-lhe a inclusão na «Biblioteca Cosmos» de uma secção sobre «Produção e Indústria Animal». Mas acabou por resultar em algo mais vasto. Aqui se fala, numa linguagem viva e plena de sábia ironia, dos tempos de estudo e de bombardeamentos em Inglaterra, de encontros com António Ferro no SNI, Bernardino Machado em Mantelães e António Aleixo e Tossan no sanatório de Covões, da Coimbra da Universidade, da Vértice e da Coimbra Editora, das vivências em Aveiro durante e após a II Guerra Mundial, das recordações dos tempos românticos da aviação na Escola de Aviação Naval de S. Jacinto, do desastre no bota-abaixo da Nau Portugal, construída para a Exposição do Mundo Português, do desenrascanço lusitano e da má qualidade do queijo nacional, do iletrismo das classes dirigentes, dos encontros e recontros provocados por uma vida norteada por valores avessos ao oportunismo, à corrupção, ao servilismo acéfalo e à ganância de todos os tempos. Trata-se de um precioso documento de alguém que atravessou o século XX e se mantém, quase a completar noventa anos de vida, a sonhar e a acreditar que o impossível pode, em cada dia, tornar-se possível. Em Viagem ao Correr da Pena, a editar também na colecção «Percursos da Memória», Vieira de Sá revelar-nos-á os caminhos de uma vida que percorreu mundos e culturas de vários países da Europa, África, Ásia e Américas, detendo-se mais detalhadamente no seu querido México, onde viveu durante alguns anos.»
Luís Guerra, in contracapa do livro Cartas na Mesa - Recordando Bento de Jesus Caraça e a «Biblioteca Cosmos».

Biobibliografia

Fernando Vieira de Sá nasceu em Lisboa em 20 de Julho de 1914, cidade onde reside. Médico veterinário, licenciou-se na Escola Superior de Medicina Veterinária e tirou o curso de Medicina Sanitária do Instituto Superior de Higiene Dr. Ricardo Jorge. Foi bolseiro do Instituto para a Alta Cultura no National Institute for Research in Dairyng e na Universidade de Reading, em Inglaterra.
Fez parte dos quadros técnicos da Direcção-Geral dos Serviços Pecuários e da Junta Nacional de Produtos Pecuários. Exerceu funções de consultor técnico na FAO, Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Uinidas, tendo assessorado programas de desenvolvimento e produção em vários países. Dirigiu a secção de Indústrias Lácteas do Instituto Nacional de Investigação Industrial e, como investigador-coordenador, assumiu a direcção do Departamento de Tecnologia das Indústrias Alimentares do Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial.
Foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias, director da Revista de Ciências Veterinárias e colaborador assíduo de revistas e jornais. Participou activamente em diversos simpósios e congressos, nacionais e internacionais, de Biotecnologia, Leitaria e Produção Animal.
Publicou, entre outras obras, O Leite na Alimentação Humana, Cosmos, 1945; Os Derivados do Leite na Alimentação e na Indústria, Cosmos, 1945; Lechería Tropical, Unión Tipográfica Editorial Hispano-Americana, México, 1965 / La Habana (edição revolucionária), 1967; As Cabras, Livraria Popular Francisco Franco, 1982; As Vacas Leiteiras, Clássica Editora, 7ª ed., 1988; O Leite e os Seus Derivados, Clássica Editora, 5ª ed., 1988; A Cabra, Clássica Editora, 2ª ed., 1990; O Leite em Lisboa - História do Seu Abastecimento, Clássica Editora, 1991; O Reino da Estupidez nos Caminhos da Fome. Memória de Tempos Difíceis, Cosmos, 1996; Cartas na Mesa - Recordando Bento de Jesus Caraça e a «Biblioteca Cosmos», Moinho de Papel, 2004; Viagem ao Correr da Pena, Moinho de Papel, 2004; Ecos do México - Da História e da Memória, Moinho de Papel, 2005; Autópsia a Um Departamento Científico do Estado - Livro Branco do Departamento de Tecnologia das Indústrias Alimentares, Moinho de Papel, 2008.
A partir do dia 1 de Novembro de 2007, o seu editor desde 1996, mantém o blogue http://fvieiradesa.blogspot.com/ sobre a sua vida e obra, onde o próprio Fernando Vieira de Sá vai publicando alguns textos novos de intervenção sobre temas actuais e portadores, também, de riquíssimos «ecos da memória».

quinta-feira, 1 de novembro de 2007