sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TUDO ISTO EXISTE / TUDO ISTO É TRISTE / TUDO ISTO É FADO


«Soares lança livro, "mas não são memórias" - O antigo Presidente da República Mário Soares vai lançar o livro Um Político Assume-se - Ensaio político e Ideológico no próximo dia 30, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, anunciou ontem o próprio à agência Lusa. No final de uma entrevista, no seu gabinete na Fundação Mário Soares, na capital, o antigo Chefe do Estado mostrou apenas a capa e contracapa do livro, editado pela Temas & Debates, editora do Círculo de Leitores, que será também lançado no Porto, no dia 5 de Dezembro. O ensaio, cujo processo de escrita demorou mais de dois anos, "não são memórias", vincou Mário Soares, ironizando: "Há por aí quem quisesse que eu escrevesse as minhas memórias, mas não são memórias."»
Diário de Notícias, 10-XI-2011


Segundo a notícia Mário Soares, para satisfazer os seus admiradores, fez-lhes a surpresa escrevendo-lhes um livro, mas desde logo avisando-os que não é de memórias, o que mostrou bom senso, pois seria de muito mau gosto recordar o engavetamento perpétuo do seu socialismo e, pior do que isso, o ter-se associar-se a um agente da CIA, de seu nome Carlucci, encaminhando o país para o atoleiro de arena do "Império do Capitalismo" decadente, desde logo sofrendo as leis da evolução histórica de todos os impérios, v. g. o Império Romano.

Só para terminar, fico curioso para ver como é que Soares se vai descartar das nódoas que lhe caíram no seu currículo político, não havendo benzina que lhe valha, pois para esquecimento é cedo, salvo se os seus camaradas não se opuserem. É tudo uma questão de pontos de vista.

Pergunta-se:
- Onde está agora o seu socialismo engavetado?
- Onde está o patriotismo de Soares?
- Onde estão os seus valores cívicos?
- Vale tudo?

A honestidade moral é cada vez mais uma exigência de cada cidadão. Façamos por isso. Mas, por favor, não chamem a isto democracia, quando todo o povo atulha as ruas e as praças com militares, professores, funcionários públicos, etc., manifestando-se com ruído. Chamem-lhe desvergonha, desaforo, descaramento, tudo, excepto democracia.

Fernando Vieira de Sá