quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A DEMOCRACIA «FAZ-DE-CONTA»

É de todos nós sabido e constatado que a nossa democracia - e não só - se esgota no acto de votar. Fora isso, a democracia é o que cada um quer que seja, conforme o seu temperamento e modo de estar na vida. E se assim é, e ninguém pode negar honestamente, é fundamental saber a validade certificada dos cadernos eleitorais e a sua respectiva actualização para cada acto - que são vários, como se sabe.
Na verdade, há múltiplas falhas conhecidas e ninguém sabe como o controlo é feito e qual é a sua validade e fiscalização, isto para que tudo isso não passe de mera burocracia ou palhaçada que não passe de intenções, e lá se vai a democracia pela sarjeta abaixo. Não é por acaso que ouvi um votante de gabarito dizer alto e rindo-se: «Venham daí as eleições. Para elas chego eu».
Seria de bom tom saber com clareza como está sendo processado este controlo fundamental, incluindo a fiscalização atempada e quem e como se executa e actualiza.
Ninguém está interessado? Está na hora, ou continuamos sendo uma democracia faz-de-conta, como aliás todas por esse mundo fora, resfolgando democracia por todos os poros ao mesmo tempo que lhes bate à porta um esfomeado pedindo uma côdea de pão.
Seria bom contemplar a questão dos analfabetos que também são cidadãos mas imperfeitos.

Fernando Vieira de Sá

1 comentário:

Belph disse...

Até que emfim emcontrei alguém que usa o blog para critica social.