quinta-feira, 23 de junho de 2011

COMPROMISSO - PASSOS LEVA NOBRE A PRESIDENTE DA AR?

Diário de Notícias, 16 de Junho de 2011

Afinal Nobre não é assim tão nobre e tão independente como quer convencer o Mundo. Pelo contrário, ele quer é mais campo de manobra para alcançar os seus altos projectos pessoais. Por outro lado, Passos e Portas (P. e P.) não são assim tão intangíveis como garantem proceder no seu labor patriótico e partidário. Se houvesse dúvidas quanto à ficção de tais anúncios bastaria analisar o inédito e insólito Caso do homem que só quer ser Presidente da Assembleia da República, pois só aí ele pode esgotar as suas aptidões. E se isso não acontecer, nesse mesmo momento negativo perderá o amor à bicicleta, bate com a porta e vai à vida. Será só ameaça?
Ora, para evitar esse drama nacional perante tão valiosa personalidade, P. e P., os dois Pês, esquecendo ou ignorando os regulamentos da Casa, desfizeram-se em manobras para levar os deputados à «chapelada», confundindo os deputados com mercenários, para lograr tão alto desígnio de levar o independente (?) ao pódio, fazendo isso em paga dos favores que Passos recebeu do dito Nobre quando deu todo o seu empenho como cabeça de lista do PSD em Lisboa, como se tudo isso não fosse uma troca de favores entre compadres. É a tudo isto que se chama independência?
E para concluir: Tudo como dantes. É o mesmo que bater em ferro frio. E são estes ilusionistas (para não dizer a palavra certa - há várias) que vão resolver os gravíssimos problemas que a todos tocam?
A presente foto ilustra esta pequena cena dos reconhecimentos mútuos de empenhos, os compadrios, por mais que se lhes chame independência.
Passos aperta Nobre como uma tenaz, em reconhecimento, segredando-lhe ao ouvido: «Tudo vai sair bem, prometo». Promessa fatídica para ambos.

***


Quando estas palavras forem lidas não podem hoje ser desmentidas, nem ultrapassadas, quanto muito, acrescentadas.

«Todos os caminhos vão dar a Roma»

Aqui o interesse é a foto que não desmente nem nega o que aqui se escreve, pelo contrário, autentica-o.

Conclusão

O que se passou, entretanto todos o sabem, donde se conclui:

1º - que os deputados não são mercenários. As consciências falaram mais alto;
2º - Passos e Nobre fizeram uma triste figura que ficará para a história;
3º - O meu depoimento regista a trapaça e a vergonha que caiu sobre os actores. Se houvesse mais pudor mental, bem poderia evitar-se a borrada com cheiro a esgoto.
4º - Afinal Nobre voltou atrás e lá se foi sentar na cadeira de deputado com muito pouca nobreza.


Fernando Vieira de Sá
Lisboa, 22 de Junho de 2011

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