sábado, 11 de junho de 2011

VASCO GONÇALVES, UM MARCO NA HISTÓRIA DE PORTUGAL CONTEMPORÂNEO


Recordando o seu falecimento em 11 de Junho de 2005, passando às páginas da história pátria como sendo o 1º vulto do PREC, presidindo a 4 dos 6 governos provisórios (2º - 5º Governos Provisórios: 17/VII/1974 - 12/IX/1975) tantos quantos foram os fossados contra o seu governo, sucedendo-lhe o angustiado Mário Soares, que aqui finalmente iniciaria a sua entrada oficial na governança, inaugurando a Era ainda presente, histórica mas pela negativa.
Comparando estes tempos políticos com os do reinado de D. Maria I, a Piedosa, sucedendo a D. José, melhor dizendo, a Marquês de Pombal, período esse registado na história pátria por VIRADEIRA, pois a dita rainha só se esmerou em repor os tempos anteriores a Pombal, já caducos e indesejáveis, pondo o país na cauda da Europa.
No caso presente toda a luta contra Vasco
Gonçalves baseava-se fundamentalmente na sua luta para evitar a sangria de valores fiduciários e bolsistas e atender a uma política servindo a modernidade da vida nacional, sucedendo-lhe finalmente e com urgência Mário Soares - o animal político, em 1º e 2º governos constitucionais, como primeiro-ministro. E tal como a rainha, o dito primeiro-ministro desatou a desfazer todas as estratégias de protecção ao país contra as matilhas de predadores à esquina. O resultado vem a dar aquilo que Vasco Gonçalves queria a todo o transe evitar. Em pouco tempo, títulos como o que se mostra ao acaso, são tão frequentes como pão para a boca.


Esta é a segunda VIRADEIRA que, tal como a primeira, fez com que o país se expusesse ao saque e o povo a pão e água.

TOTAL:
1ª VIRADEIRA - D. Maria I, a Piedosa

2ª VIRADEIRA - Mário S., o Animal Político



Muito mais se poderia escrever, mas estas poucas palavras são suficientes para prestar a justa homenagem, sempre emotiva, a Vasco Gonçalves, que os ventos que sopram de proa fazem todos os esforços para apagar o nome deste patriota e governante histórico como se nunca tivesse existido.


RESUMINDO:

MARIA acaba o seu reinado em demência;


MÁRIO inaugurou, com os seus governos, a marcha triunfal para a bancarrota e agora assobia para o ar como quem rejeita a paternidade moral e física dos seus fracassados governos.


São duas as perguntas e implícitas respostas:

- Quem fez tudo para evitar a sangria de capitais do país que se perspectivava? - Vasco Gonçalves [positivo]

- Quem inaugurou a marcha triunfal que levou o país às portas da bancarrota? - Mário Soares [negativo]

Notas:

a) - Usa dizer-se «todos foram responsáveis», forma de sacudir a pó à casaca. Em boa verdade, há-os de primeiras águas, fundadores e seguidores, não podendo escamotear-se o cabecilha socialista histórico. Os outros são apenas peões de brega do grande campeador;

b) - A saída para a crise não se resolve com outra crise pendular, mas sim com outro sistema governativo. A evidência mete-se pelos olhos dentro.

Fernando Vieira de Sá
Lisboa, 11 de Junho de 2011

3 comentários:

Manuel disse...

Esive de manhã na romagem à campa do saudoso General Vasco Gonçalves, inesquecível combatente pela libertação do Povo.
Acabo de ler com grande comoção o texto do seu querido Amigo Vieira de Sá! Um apertado e cordial abtraço!
ManuelSá Marques

josé diogo gonçalves disse...

Neste dia particular, é grato ler as palavras de homenagem a Vasco Gonçalves, do seu grande amigo Dr. Vieira de Sá.
Recordo com saudade e emoção os encontros em Almancil, que testemunhei.
Dr Vieira de Sá: um grande abraço.

José Diogo Gonçalves

Anónimo disse...

Por mim, não tenho duvidas em afirmar que foi um politico que marcou Portugal.Admirei-o o mais que pude.Achava-o um politico autêntico,generoso,defensor do seu Povo.

Acossado de vários lados, soube sempre ser digno perante as dificuldades que a Europa lhe pôs.E não só.
A mesma Europa que agora vai põr-nos a pão seco.
E já agora, permitam-me dizer que sempre tive o sonho de o conhecer pessoalmente.Acabei por o conseguir.Suponho eu que foi para confirmar que afinal só o sonho devee comandar a vida.

Bem hajam os que recordam Vasco Gonçalves porque portugueses daquela têmpera sempre houve poucos.
E o problema maior é que,se calhar, estamos mesmo condenaos a que haja cada vez menos.

Saudações ao F.V. de Sá


ANtonio Neves Berbem